quarta-feira, 7 de julho de 2010

PARECE, MAS NÃO É?!



Existem momentos em que desejamos tratar de temas que nos parecem, sinceramente, tristes. Um deles me leva a pensar como, efetivamente, podemos construir um mundo melhor, uma sociedade mais justa para todos. Diferente do que vivemos, onde os interesses individuais estão em primeiro lugar, acima da coletividade, e a sabotagem do trabalho alheio é prática costumeira.

Pensar uma vida digna para todos numa perspectiva dos direitos humanos não deve ser fácil para “aqueles” cuja ambição está acima de qualquer valor. Fruto do individualismo e do personalismo exacerbado esse desvio de conduta onde não consegue admitir que o “outro” pode ter a oportunidade de crescer, pessoal, social e politicamente.

A falta de visão de mundo e de respeito às pessoas, infelizmente, diminui a nossa dimensão de um mundo fraterno, solidário e rico de esperança.

Pois, afinal, qual é o problema de uma pessoa que luta dignamente conquistar o seu espaço? A princípio, poderia ser considerado natural, no entanto, fazendo um balanço das caminhadas pela vida, percebemos que o ser humano ainda precisa melhorar, e muito.

Precisamos refletir nossas práticas, além de nossa visão de mundo, de sociedade e de concepção de projetos voltados, efetivamente, para os interesses do povo. Vivemos numa sociedade capitalista, infelizmente, onde os princípios são calcados no individual, na competição e no consumismo.

Esta reflexão inclusive surge inevitavelmente nas circunstâncias do momento. Quando agora se inicia mais uma campanha eleitoral pelo rádio, televisão etc.. Toda população fica a ouvir muitas promessas, sendo algumas audaciosas, porém sem legitimidade jurídica.

Promessas. Promessas. Promessas...

A indignação de nossa população com a demagogia apresentada chama a atenção para o número significativo de eleitores indecisos. Por que razão?

Colaborando com esta reflexão, a LEI: FICHA LIMPA representa um avanço para a sociedade brasileira, para que as instituições brasileiras e para a ética na política. Sendo construída pelo desejo legítimo da sociedade de ver afastadas da vida política pessoas com uma vida pregressa que efetivamente apresenta uma situação desabonadora, e que assim não as permitem representar o povo no exercício de mandatos populares, pois não poderiam se comportar com a dignidade que o exercício da função exige de uma gente político.

Precisamos chamar atenção para o momento eleitoral, procurando sensibilizar nossa população sobre a consciência cidadã.

Precisamos pensar bastante e decidirmos por aqueles que não só falam bonito, como apresentam suas propostas mirabolantes. Este desafio não é só meu e seu, mas de todos nós.

Ou, em termos mais propriamente políticos, lembraremos que Maquiavel aconselhava ao Príncipe de tomar partido com clareza, pois “esse partido será sempre mais útil do que conservar-se neutro (...) porque, se não te definires, serás sempre presa de quem vencer, com grande prazer daqueles que foi vencido, e não tens razão nem coisa alguma em tua defesa, nem quem te acolha” (Maquiavel, O Príncipe, Cap. XXI).

Na aprendizagem da participação, o aprendiz fica sabendo como detectar tentativas de manipulação, sintomas de dirigismo e de paternalismo; a superar a improvisação, o espontaneísmo e a demagogia; a distinguir a verdadeira participação da simples consulta ao povo.

Por isso, esta reflexão é necessária para a construção de uma sociedade, verdadeiramente, comprometida com interesses sociais e de todo o povo, brasileiro.

Nestas eleições, cuidado! Pois, nem tudo que parece é, verdadeiramente.

Professora Guilhermina Rocha
(Especialista em Educação e Historiadora)
Presidente do CEPRO – Centro Cultural de Educação Popular de Rio das Ostras
Email:cepro.rj@gmail.com  


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