domingo, 5 de agosto de 2012

Acesso a internet em escolas públicas ainda é precário no Brasil



O último resumo técnico do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), realizado em 2011, apresentou um dado negativo em relação à inclusão digital nas escolas públicas brasileiras. Hoje, apenas 42,6% das escolas de ensino fundamental têm acesso a internet e 55,9% das instituições não têm laboratórios de informática.


A região Norte é a que apresentou menor porcentual de acesso a internet, com apenas 18,7%. Em seguida vem o Nordeste, com apenas 25,3% de acessos. Depois, o Sudeste (72%), o Centro-Oeste (73%) e, por fim, o Sul (74%), atingindo a marca da região com melhor resultado de inclusão digital nas escolas públicas do país.

Mesmo com esse cenário negativo, 79,5% dos estudantes do ensino fundamental da rede pública possuem recursos tecnológicos disponíveis e 76,9% contam com laboratórios. Mas, para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, a simples existência de laboratórios de informática não basta, é preciso fomentar o uso do equipamento. “Em unidades grandes, como temos na rede pública, ter um laboratório com 15 computadores faz com que cada criança consiga passar por ele, em média, apenas a cada 15 dias”, afirma.

A presidente acredita, ainda, que uma das principais dificuldades para a introdução dos meios digitais nas instituições de ensino é a falta de infraestrutura, como o uso de um bom sistema de banda larga. O wi-fi, por exemplo, daria acesso a internet de qualquer lugar da escola, e não só nos laboratórios. Para ela, um dos principais desafios do Brasil é sanar as dificuldades de operacionalização de suas redes.


Soluções

O Ministério da Educação (MEC) desenvolveu o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) a fim de disseminar a tecnologia pedagógica na rede pública de ensino, levando recursos digitais às escolas. O papel das instituições é apenas garantir a estrutura necessária para os equipamentos.

Além dessa medida, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou, no início do ano, a distribuição de 600 mil tablets para os professores, com um investimento em torno de R$ 180 milhões. A distribuição começará antes que se tenha uma análise do impacto do Programa Um Computador Por Aluno (Prouca), do governo federal. O Prouca garante que Estados e municípios possam adquirir laptops novos para as escolas. Mas, até o momento, apenas 2% das escolas foram beneficiadas.

De acordo com profissionais da área, o principal problema seria a capacitação dos profissionais da educação para lidar com tais tecnologias. Para Marcus Vinicius Maltempi, especialista no uso de tecnologias na Educação, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o maior problema começa na educação tecnológica dos professores na própria licenciatura. “A formação inicial pouco mudou nos cursos de licenciatura, nas últimas décadas. Atualmente, ela não entrelaça os conteúdos específicos com as tecnologias e com os conteúdos pedagógicos”, afirma.

A solução, segundo Maltempi, está no investimento em capacitação de professores e no apoio direcionado à comunidade e às secretarias de Educação. “A introdução das tecnologias digitais deve ser feita de modo a não perder de vista os conteúdos. Não é a tecnologia como um acessório, mas, sim, entrelaçada aos conteúdos. E são eles que dão a base para que o uso da tecnologia tenha sentido”, declara.



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Um comentário:

Lorena disse...

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