terça-feira, 21 de agosto de 2012

Novo índice mundial calcula saúde dos oceanos


Indicador aponta quais são os países que têm a melhor e a pior qualidade marinha, baseado em critérios como oferta de alimento, proteção ecológica, contribuição para mudanças climáticas e biodiversidade; Brasil marcou 62 pontos de cem.

Os oceanos têm um papel essencial para o ser humano, fornecendo alimentos, biodiversidade, empregos e até lazer. Mas como está a saúde dos oceanos pelo mundo? É essa pergunta que uma nova análise publicada nessa quarta-feira (15) pelo periódico Nature tenta responder. E, os resultados, segundo o estudo, não são muito positivos: da escala de cem pontos, a média mundial dos oceanos não passou de 60.
A nova pesquisa, intitulada Ocean Health Index (Índice de Saúde dos Oceanos), classifica os mares de acordo com os benefícios que eles geram para o meio ambiente e o ser humano.

Os dez critérios de qualificação são fornecimento de alimentos, oportunidades de pesca artesanal, produtos naturais, estocagem de carbono, proteção costeira, meios de subsistência e economia costeira, turismo e recreação, proteção de espécies e locais, águas limpas, e biodiversidade.

Em média, os oceanos mundiais marcaram 60 pontos, que variaram de 36 a 86. Entre os critérios mais bem pontuados estão oportunidades de pesca artesanal, biodiversidade, estoque de carbono e meios de subsistência e economia costeira. Entre os piores, estão turismo e recreação, fornecimento de alimento e produtos naturais.

A área que teve a melhor classificação foi a Ilha Jarvis, uma pequena região desabitada no sul do Oceano Pacífico que marcou 86 pontos. Já o local com pior pontuação foi Serra Leoa, com 36 pontos. O Brasil, com 62 pontos, ficou em 35º lugar, ao lado da Ucrânia e das Antilhas Holandesas.

Em geral, os países desenvolvidos tiveram uma pontuação melhor do que os países emergentes. Segundo a avaliação, isso ocorre porque apesar de muitas vezes as nações ricas sobre-explorarem seus mares, elas têm capital para investir em políticas de proteção e conservação, o que ocorre menos frequentemente nos  países subdesenvolvidos.

“Muitos países do oeste africano, Oriente Médio e América Central fizeram poucos pontos comparados a países ricos europeus, ou como o Canadá e a Austrália”, afirmou a análise.

Países ricos como a Alemanha e a Holanda tiveram notas relativamente boas, marcando 73 e 70 pontos, respectivamente. No geral, entretanto, a situação não é muito otimista: dos 171 países, apenas 5% marcaram mais do que 70 pontos, e 32% marcaram menos do que 50.

Os autores do estudo descobriram que, dos dez critérios, cinco tiveram pioras, mas apesar disso, eles consideram que há boas notícias em relação à saúde dos mares.

“Pouquíssimos países fizeram muito para proteger espécies. Estamos vendo restauração dos habitats e muitos países estão começando a implementar uma gestão mais eficiente da pesca. Algumas coisas estão definitivamente indo bem”, comentou Benjamin Halpern, ecologista marinho do Centro Nacional para Análise e Síntese Ecológica dos Estados Unidos.

“Isso mostra que há grande espaço para melhorar. Apesar do sucesso de muitos países desenvolvidos em administrar sua pesca, a alimentação global sustentável está muito abaixo do que poderia ser feito se os estoques fossem obtidos mais sustentavelmente e se a produção da maricultura sustentável fosse aumentada”, alertaram os cientistas.

Por fim, os pesquisadores observaram que o índice é uma ferramenta importante para aumentar a consciência pública sobre a situação dos oceanos, a administração direta de seus recursos, melhorar as políticas de proteção e priorizar as pesquisas científicas.

Fonte: CarbonoBrasil.


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